domingo, 15 de novembro de 2015

Elocubrações ferroviárias

Considerações e plataforma de trem.

Como nosso trem está atrasado 2h (pouco perto da 5 h. da minha primeira viagem: nada!) Continuei minha leitura do Relojoeiro Cego, Richard Dawkins. Nas pausa fui relembrando algumas coisas que me chamaram atenção nesse povo: muito curiosos, ficam espiando sem cerimônia o que está escrevendo ou lendo, espaçosos, mas se esbarram em você, se desculpam, o que não impedem de serem completamente sem noção. Caso você esteja tentando subir no trem com sua enorme bagagem de mais de 20kg. na porta ficam e nem aí para lhe dar passagem.

E o costume de andar os amigos de mão dadas? Foi difícil me acostumar. Não vejo homem d mão dada com mulher, namorada. Mas com amigos, sim. Outro dia, por pouco, numa foto que faz parte de outra postagem, não seguraram minha mão por que retirei a minha num reflexo. Agora me arrependo, perdi uma grande chance.

Adoram tirar fotos com você, como se você fosse uma atração, uma curiosidade? Parecido com a curiosidade de nossos indígenas diante de desconhecidos.
Quantos selfies e fotos não tirei, a pedido deles . .

























Meu trem chegou. Meu vagão tem lugar marcado. Mesmo assim eles se atropelam para entrar com se fosse fugir e fosse o último! (Fotos)
Há pouco comentei que eram muito curiosos e adoravam puxar conversa, ainda que você estivesse concentrado numa leitura.  Sento no meu lugar. Melhor dito, sento nomeio de baixo. São 3 leitos de cada lado e o do meio, abaixado, ser e de encosto para o debaixo. Pois é, são curiosos. Nesse momento que escrevo essas palavras, tem pelo menos 5 pessoas aqui no vagão debruçadas examinando com toda atenção o que escrevo. . .).
Papo vai, papo vem (impossível continuar a leitura), vou dando corda; muitas perguntas. Já são 10 em volta de mim. Mostro meu programa de viagem no iPad. Fotos e mais fotos. Pergunta sobre a pintura na mão de uma das mulheres. Se oferece a pintar a minha. Aceito na hora. A curiosidade é geral: praticamente umas 20 pessoas assistem a cena!
Fotos é mais fotos. Muitas perguntas, tudo em inglês, que praticamente todo mundo
fala, principalmente os mais jovens.
Trocamos e-mail. O chefe daquela família me convida para visitar sua casa com empenho. Impossível, se não aceitaria.
As 5 h de duração da viagem passa sem ser percebida. Chega minha estação. Os dois mais jovens me acompanham até a saída. O de 10 anos pede para não esquecê-los.
Com esquecê-los ? Esta experiência não tem preço. Nem o Google . .  .

PS: outra experiência fantástica como Marajá, postarei em breve. No momento estou em Pushkar, na feira anual - Camel Fair -. Dizem que 50 mil camelos podem trocar de mão. Burburinho e agitação. Como sempre. Depois posto no blog. Aqui no meu hotel muito simples não tem internet, mas a localização é fantástica: a poucos metros da arena onde acontece todos os shows.

Nenhum comentário:

Postar um comentário